1. |
Faixa 1
03:28
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a gente pode sair mais tarde
quem sabe pra tomar um chá??
a gente vive pra sempre e pensando
como ficar desse jeito no lado de lá
só de pensar na sua volta
eu já me sinto meio tonto
com um jeito de idiota
uma cruz sobre meu ombro
tem coisas que duram pra sempre
as outras se limitam ao instante
e onde é que eu vou parar?
vou parar, vou parar
eu acredito na estrela
que um dia vai me guiar
eu acredito nos planetas
do meu sistema solar
sua inveja o meu cinismo
e o nosso jeito de inventar
qualquer novo cataclismo
uma arma nuclear
tem coisas que ficam
debaixo da pele
tem coisas que me irritam
tem coisas que ficam
tem dias que eu quero
um sorriso no rosto
tem dias eu sei
que não vai dar pra ver nem o sol entre as nuvens no céu de dezembro
esqusito
tem coisas que duram pra sempre
as outras se limitam ao instante
e onde é que eu vou parar?
vou parar, vou parar
eu acredito na estrela
que um dia vai me guiar
eu acredito nos planetas
do meu sistema solar
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2. |
O Amigo do Carrasco
03:15
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ele vem de longe
numa confusão mental
traz sobre si mesmo
o peso da existência banal
permita-me iniciar
o ritos que levam ao céu
ou ao inferno
sabe-se lá por quê
me interesso pelo jogo
pela vontade de aprender
ele vem
ele traz
um corpo torturado
na sala de estar
eu já não sei
se é sorte ou azar
o cargo a que me cabe
subordinado
eu sou
a todas as leis do universo
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3. |
Orfeu Suspenso
03:11
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meu mundo já foi conhecido
como o lar dos espíritos
os santos e profanos
os deuses e os demônios
me conhecem
de todos os lados vêm fogo
espero não alimentar
um desejo de sangue
estou com falta de ar
e penso não suportar
esta viagem
é certeza que nunca mais irei voltar
todo dia eu tento
escapar do meu sofrimento
mas não consigo
sou oficial general
sou do alto escalão
não vou negar
houve um tempo
onde a insubordinação
era a política
oficial do estado
estou com falta de ar
e penso não suportar
esta viagem
é certeza que nunca mais irei voltar
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4. |
Cabeça de Estocolmo
03:41
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eu nunca mais pensei
no momento do adeus
no dia em que eu disse
que não mais voltarei
as marcas no colchão
das garras da prisão
são lembranças
do tempo
onde eu vivia feliz
e então
vi surgir
aquele momento crucial
aquele momento
o momento final
as gralhas na cerca
do jardim
meu corpo
fugindo de mim
onde estarei
que nunca mais me vi?
onde estarei
que não passei mais
por aqui?
domingo eu ouço
frank sinatra
deitado no quarto
no escuro
depois eu almoço
e a sobremesa
é o gosto amargo
do meu futuro
não me permiti mais
adentrar em libações
e orgias
e é claro
que deixo guardados no bolso
os momentos de alegria
santo é aquele
que sacrifica sua vontade
mas não a minha
e nem a sua
onde estarei
que nunca mais me vi?
onde estarei
que não passei mais
por aqui?
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5. |
Condicionalmente Meu
04:14
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perfeitamente educado
o coração acabado
me vi na beira de um abismo
enfrentando o egoísmo
enfrentando a solidão
deixei pra trás o meu juízo
deixei pra trás minha paixão
hoje eu penso no cinismo
que é a minha salvação
mentiras
que contei
não serão julgadas por ninguém
minha liberdade violada
meu corpo é uma prisão
os dias se passam
e eu não percebo o tempo
e eu não percebo
e sento
no meu colchão
mentiras
que contei
não serão julgadas por ninguém
o espaço entre o olhar
e a impressão
dificilmente
será maior
que o sólido tijolo
onde deixei o meu nome
ali que fico
estou marcado
para sempre
mentiras
que contei
não serão julgadas por ninguém
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6. |
Faixa 6
02:55
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foi quando andava incrédulo
sentindo as coisas fora do lugar
nunca mais deixei
pra trás
e um dia juro
vou voltar
ao lugar que um dia já foi meu
uma pedra
no meu caminho
é material
de construção
uma areia
no meu sapato
é uma parte
da prisão
essas imagens
não são imagens
essas cidades
não são cidades
mas as miragens
continuam miragens
e eu
não vou me enganar
com a ilusão
de estar no mesmo
patamar
vocês que morram
eu já não me importo mais
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Nosso Querido Figueiredo Porto Alegre, Brazil
Figueiredo iniciou sua jornada em 2008. Desde então, gravou dezenas de álbuns caseiros.
Mande um olá:
nossoqueridofigueiredo@gmail.com
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